“In Time”, o filme protagonizado por Justin Timberlake, trata de um mundo, em que graças a engenharia genética, todos nascem com um contador de tempo de vida no braço. Porém esse contador só entra em ação quando você faz 25 anos. Quando você chega a idade de 25 anos, você ganha automaticamente 1 ano de vida. E então precisa trabalhar para manter ou aumentar esse tempo. Não existe dinheiro. Seu salário é creditado no contador de tempo de seu braço. Um cafezinho custa 5 minutos, um almoço cerca de 1 hora. Um carro de luxo custa nesse mundo cerca de 50 anos de tempo de vida. As boas novas é que se você conseguir manter seus créditos, sempre terá a aparência de 25 anos de idade. Nunca envelhecerá. Nunca morrerá, a não ser se for assassinado. A parte negativa é que se seu contador de vida chegar a ZERO, seu coração para de bater. Não há mais volta.

IN TIME mostra que os ricos podem viver eternamente. E os pobres morrem jovens nas calçadas das grandes cidades porque não conseguem recarregar seu “tempo de vida”. Há albergues que doam pequenos créditos apenas para manter os mendigos vivos por mais um dia. Os juros de tempo de vida no sistema bancário são de 37% ao mês. As cidades são divididas em regiões onde moram os ricos e os mais pobres. As entradas de uma região para outra são pagas. Você gasta 2 anos de vida para ir da periferia ao centro da cidade. Então, os pobres nunca saem de sua região.

In Time é um bom filme que mistura idéias antigas e novas. Nos faz lembrar do jogo de interesses dos empregadores de nossa sociedade que não dividem os lucros com os assalariados, para que eles possam ser sempre pobres e os ricos sempre ricos. IN TIME mostra que o sistema está errado. Tanto no filme quanto na vida real. Um exemplo disso é que na ‘vida real’ pessoas ricas viajam para lugares como Haiti e Angola para ajudar os pobres. Trabalham por 1 ano nesses lugares como meio de se sentirem melhores e de mostrar para suas famílias que “devemos ser humildes”. Mas a riqueza, que poderia ser usada para contratar 500 trabalhadores estrangeiros para melhorar a vida dos pobres dos lugares desolados do mundo não é utilizada. Ela continua no banco. Segura, para quando o riquinho voltar de suas férias pelas nações pobres, possa desfrutá-la.

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